Pra que mexer nisso?
ISBN: 978-36-398-3502-1
Format: 15.2x22.9cm
Liczba stron: 240
Oprawa: Miękka
Wydanie: 2015 r.
Język: portugalski
Dostępność: aktualnie niedostępny
Tratar do tema do autoextermínio por meio do suicídio é tratar do humano, da vida e de como esta vida vem sendo colocada em risco. A vida, em alguns espaços, tem sido duramente atacada. Todavia, a blindagem não nos permite reconhecer o que há nestas terras de ninguém, nestas zonas em que a morte chega de mansinho e vai levando um após outro. Morrem três pessoas ao dia por suicídio no Rio Grande do Sul. É possível pensar esta situação como dentro da normalidade? Dentro do esperado? A situação de normalidade e aceitação cotidiana, a falta de indignação ética não raras vezes impede que práticas violentas sejam questionadas e, ademais, que tais práticas continuem sendo tratadas como normais, regulares, dentro do padrão, do "sempre foi assim" ou, então, banalizadas como bem afirma Hanna Arendt, sendo incorporadas à nossa vida cotidiana. O avanço capitalista no meio rural tem desenvolvido novas formas de viver e de morrer e, neste contexto, onde o rural vai se tornando cada vez mais "desruralizado", criam-se espaços propícios à instalação do isso, da morte que se esgueira e da qual não queremos falar nem mexer.